29.12.09



All in the Family - Opening



Por estes dias desfruto do cheiro a canela pela casa. Comprei o CD dos Sigur Rós e ouvi Melody Gardot no álbum "My one and only thrill". Arrumei as ideias e reuni informação para começar a trabalhar.


Revi com o meu pai uma série que ele via quando tinha 15 anos. "All in the family" fala de uma família, em tempos conturbados, em que existe, como hoje em dia, o confronto entre as gerações mais velhas - pais - e as mais novas - os filhos. Algumas das piadas pertencem, claramente, a outros tempos e ideias, mas a música de abertura, consegue sempre que me ria.



A crise começa a
fazer pressão. O noticiário demonstrava imagens de um grupo de pessoas a serem arrastadas para fora de um banco. Impossibilitadas de aceder às poupanças de uma vida, desesperadas, batalhavam contra os seguranças que as despejavam para fora. Perdi o apetite. A situação ecónomia em que se encontram, é grave de facto, mas a forma como são tratadas quando já não é possível tirar-lhes mais nada, é pior.


Aos poucos redescubro o mundo da Físico-Química, que tinha ficado para trás no nono ano. Conceitos como reacções, átomos e moléculas são reintroduzidos, alguns à força, para dentro do meu cérebro. E o meu mundo ganha novas cores. Às múltiplas patologias arquitectónicas que pareço conseguir ver através das paredes, somam-se agora as partículas e os químicos que compõem o universo que nos rodeia. Maravilhoso.


Concluo que tenho que espairecer.



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