16.11.2010



Trata-se de uma escultura de Karin Somers, não consigo encontrar as palavras certas para a descrever. Materialização do indizível. Num fenómeno em que o objecto surge e existe na sua plenitude, sem a necessidade da palavra.
Esta exposição surge no contexto do seminário "A pergunta na hora de partir" que decorreu no passado dia 15 de Novembro na Universidade Católica Portuguesa, Foz.

Durante o seminário latejava na minha mente o texto de Geraldo José Dias (na obra "Religião e Simbólica") sobre a morte
"Uma existência verdadeiramente humana, uma existência integral, conhece também o tempo extático do amor e da morte. No tempo concreto da existência, a morte é, sem dúvida, um facto real e absoluto, universal e inelutável. E, todavia, nunca, alguém nos deixou o testemunho da sua experiência. A morte é como a lua; ninguém lhe vê a outra face."


E novas palavras iam surgindo -
"Luz terna, suave, no meio da noite, Leva-me mais longe... Não tenho aqui morada permanente: Leva-me mais longe...".



Hoje enquanto falava com o professor Vítor ouvia, em eco, as palavras de João Paulo II:
"Não tenhais medo! Abri, escancarai as portas a Cristo! Ao Seu poder salvífico abri os confins dos Estados, os sistemas económicos como também os políticos, os vastos campos da cultura, da civilização e do desenvolvimento. Não tenhais medo!" ("Non abbiate paura!")


A minha semana enche-se de pequenos fragmentos luminosos.

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