5.12.2010

Fotografia, Patrícia Monteiro

Por estes dias o frio lembra-me o Cebreiro. O Inverno tem uma luz diferente, uma profundidade de silêncio, uma dimensão maior.
Não gosto de correr quando chove. Não tenho razões para fugir da chuva.


Ontem pude estar em mais um fim de tarde com Cristo, na Igreja dos Carmelitas na Foz.


Pelo caminho, a Catá, a Sara e eu, falávamos de uma dimensão do Caminho, como metáfora da vida.
Existem pessoas que deixam marcas profundas em nós. De modo algum é possível apagar essa marca.
Não falo apenas daqueles que nos são queridos, falo mesmo dos que por meros instantes cruzaram os mesmos trilhos que nós. Caminhamos juntos, de uma maneira ou outra, na mesma direcção.
E assim, mesmo que sigamos trilhos diferentes, essas pessoas estão sempre profundamente ligadas ao meu caminho.


Reencontrei o Tiago Oliveira ao fim de três anos. Nada mudou. E contudo, as paisagens são diferentes.

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