15.01.2011

Fachada da Igreja Matriz de Caminha
Fotografia: Patrícia Monteiro


[Deixei que o meu quarto ganhasse o sentido dos lugares fechados. Habitei-o obstinadamente, transformei-o numa gruta rude e desabitada.
Hoje mudei-lhe as vestes e lavei-lhe o rosto. Arrumei-me desajeitadamente. Peguei no casaco e saí, mais uma vez. Abandonei a minha gruta com desapego.
Voltei desorientada ao seu encontro, como quem procura um túmulo provisório para morrer.]



Escrevi estas palavras em género de esboço no canto do meu caderno à algumas semanas atrás.
Os dias corriam densos, e de facto não os sentia. Uma espécie de existência entorpecida, um sonhar lúcido.

Ontem terminaram os exames e trabalhos. Por fim respiro na minha gruta.


Regresso de Moledo com a imagem do mar revolto na minha mente, e a tranquilidade no meu espírito.


Amanhã reencontrar-nos-emos em mais um fim de tarde com Cristo, às 17 horas na Igreja de Fradelos.

1 comentário:

Liou Duvinini disse...
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