20.10.2009

Fevereiro de 2007


"Aquele abraço que precede o frio, que supõe a neve sob os pés, o agasalho que nos aconchega quando diante dos nossos olhos o azul do céu é ainda mais azul e os caminhos atravessam florestas e montanhas. Por esses dias descobrimos o sabor das amores, a alegria do mundo."




Sinto um aperto por conjugar o verbo no passado.


Há qualquer coisa de centenário nesta imagem, como se ficasse assim para sempre, e eu pudesse fugir e revisitá-la.


E o azul profundo que se espelha em pedacinhos na água da chuva.


E a chuva nos ossos. E senti-la minha.


Os passos que te roubam pó e te moldam, não são mais do que sopros.


E a luz, que te afaga o rosto e te enche a alma.


"Um sopro vivo que vem de Deus"

2 comentários:

mariana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mariana disse...

"(...) um vento que acalma o ser e envolve a alma, do mesmo modo que o mar se acalma, logo que as ondas se vão deitar."

não conjugues o verbo no passado: nunca te esqueças que, embora não para sempre, és do Caminho. e hás-de sentir sempre os passos a moldar-te "e a luz, a afagar o rosto e a encher a alma".