"Aquele abraço que precede o frio, que supõe a neve sob os pés, o agasalho que nos aconchega quando diante dos nossos olhos o azul do céu é ainda mais azul e os caminhos atravessam florestas e montanhas. Por esses dias descobrimos o sabor das amores, a alegria do mundo."
Sinto um aperto por conjugar o verbo no passado.
Há qualquer coisa de centenário nesta imagem, como se ficasse assim para sempre, e eu pudesse fugir e revisitá-la.
E o azul profundo que se espelha em pedacinhos na água da chuva.
E a chuva nos ossos. E senti-la minha.
Os passos que te roubam pó e te moldam, não são mais do que sopros.
E a luz, que te afaga o rosto e te enche a alma.
"Um sopro vivo que vem de Deus"
2 comentários:
"(...) um vento que acalma o ser e envolve a alma, do mesmo modo que o mar se acalma, logo que as ondas se vão deitar."
não conjugues o verbo no passado: nunca te esqueças que, embora não para sempre, és do Caminho. e hás-de sentir sempre os passos a moldar-te "e a luz, a afagar o rosto e a encher a alma".
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